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Como membro da Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça e em nome de todos os seus membros, desejo-vos uma boa leitura. Sugiro para quem não conhece o movimento que passe pelo tópico - APRESENTAÇÃO DA A.I.D.I.A. - para que melhor possam compreender este movimento cultural.

Com este blogue esperamos proporcionar informação à altura dos seus leitores e, principalmente, uma zona de debate onde todos podem participar.

domingo, 18 de abril de 2010

1º Congresso da Cultura Avieira

No âmbito da candidatura do Projecto “Cultura Avieira a Património Nacional”, o Instituto Politécnico de Santarém, em parceria com a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, está a organizar o I Congresso Nacional da Cultura Avieira, sob o tema “Cultura Avieira – Um Património, uma Identidade”, contando com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.

O 1º Congresso Nacional da Cultura Avieira, irá decorrer nos dias 07 e 08 de Maio de 2010, no salão da Casa do Campino em Santarém e no dia 09 de Maio de 2010 em Salvaterra de Magos.

Neste Congresso, integrado pelo Ministério da Cultura e pela Direcção Regional de Cultura – Lisboa e Vale do Tejo, será promovida uma homenagem à Dra. Maria Micaela Soares, pioneira da investigação sobre os Avieiros.

Este 1º Congresso assinala mais um marco na evolução do processo de candidatura da cultura Avieira a património nacional e evidencia o interesse do Estado Português nesta temática cultural identitária, a partir de uma iniciativa autónoma e cívica de um grupo alargado de instituições e de pessoas de todo o País.

A atestar este facto está a outorga de Alto Patrocínio ao 1º Congresso, por parte do Sr. Presidente da República, e a presença já confirmada da Sra. Ministra da Cultura na sessão de abertura a realizar e Santarém no dia 07 de Maio de 2010.

De acordo com o Programa do Congresso, estarão presentes mais de trinta investigadores e comunicadores de todo o País, que debaterão a temática dos Avieiros com as que lhe estão directa e transversalmente associadas, como as da arquitectura tradicional dos pescadores da costa ocidental Portuguesa, as migrações, as embarcações, a religiosidade, a identidade cultural, a etnografia, a gastronomia, as aldeias piscatórias Avieiras, os Descobrimentos, o investimento público e privado para o desenvolvimento, e o rio Tejo enquanto factor identitário e de desenvolvimento. A respeito do Tejo, particular atenção será dada à sua regularização e ao seu património natural e cultural.

Este 1º Congresso evidencia a evolução do processo de candidatura a património nacional e a maturidade da progressiva afirmação identitária e cultural dos Avieiros. Assim o constatamos porque se trata de um acontecimento transversal à sociedade, porque implica com outras culturas, com a precariedade da pesca e com a afirmação de uma identidade patrimonial única, que soube comportar outras variáveis como a adaptação a outras actividades económicas, ao fim de um longo período de actividade piscatória.

Estamos por isso a apresentar e a avaliar uma cultura dinâmica, cujos elementos de força a caracterizam como um sistema em permanente evolução, mesmo quando períodos de recessão prolongada pareceram querer dá-la como moribunda ou em riscos de rápido desaparecimento.

Neste contexto global de elevada incerteza, onde a construção da Europa está a encontrar algumas dificuldades devido à heterogeneidade dos seus povos e das suas culturas, que evitam uma afirmação mais sólida, e consagram princípios de normalização que não têm em conta aquilo que é local e historicamente específico, maior importância assumem as afirmações do que é característico de um local ou região e mais se afirma o peso relativo do projecto para candidatar e posteriormente fazer reconhecer a cultura Avieira como Património Nacional. Tal facto é para ter em conta se quiser pensar no desenvolvimento das zonas ribeirinhas do Tejo (tanto quanto as do Sado, onde os Avieiros também se estabeleceram), bem como na afirmação dos que querem identificar-se com o ser-se Ribatejano.

Uma cultura como a Avieira tem peso histórico suficiente para poder vir a ser considerada como património nacional, mas tal facto será irrelevante se não for acompanhado de um acto de não menor importância que é um projecto de investimento agora em curso, tendendo a valorizar a economia regional tomando como ponto de charneira a existência desta cultura da borda-d’água. Ter em conta as características deste recurso é a primeira condição para tornar esse investimento futuramente sustentável, no âmbito do QREN/Provere.


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