No passado dia 22 de Maio deu-se inicio a um paço importante na restauração da área do Patacão, em Alpiarça, onde outrora os Alpiarcenses procuravam repousar durante as suas férias. A área situa-se perto da antiga aldeia Avieira do Patacão.
A degradação desta área teve como factores várias causas entre as quais se destacam causas sociais e climatéricas. A população Alpiarcense que outrora procurava o Rio Tejo como zona de repouso durante o Verão, começou lentamente a substituir o rio pelo mar. Hoje em dia poucos são vistos no Patacão.
Em termos climatéricos, o Tejo foi recuando, as suas águas límpidas foram deixando de o ser. A poluição e o assoreamento foram os principais responsáveis por estes eventos.
Socialmente, todos sabemos que as pessoas passaram a ver o Rio Tejo como um sinal de pobreza. Ironia das ironias será ver que actualmente praias do oeste que ganharam a batalha contra o Rio Tejo neste aspecto à décadas, são consideradas isso mesmo hoje em dia – sinónimo de pobreza. O Algarve por outro lado, é hoje visto como símbolo de posses financeiras.
Portanto ao longo das décadas, houve imensas mudanças tanto no Patacão, como nas pessoas. Mas percorrido algum tempo, algo começou a mudar novamente. Prova disso foram as 28 pessoas mobilizadas sob o estandarte de instituiçõ
es como a AIDIA, O Fórum Ribatejo, Câmara Municipal de Alpiarça e a Junta de Freguesia de Alpiarça. As associações estavam ainda munidas de dois camiões, uma retroescavadora, duas carrinhas de caixa aberta, uma furgoneta, diverso equipamento de limpeza, entre outros materiais cedidos a partir de particulares. Todos trabalharam gratuitamente por um ideal – restaurar a antiga glória da área do Patacão.
Ao fim de uma longa manhã, muito suor, treze camiões de troncos secos, ervas altas, silvas, lixo e muita persistência conseguiu-se cumprir os objectivos propostos. Prova disso, foi no dia seguinte a 23 de Maio verificar-se 23 carros estacionados e 80 pessoas aproveitando a área para repousar.
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